O ano começou de verdade: desafios para PMEs, mercado de trabalho aquecido e novas regras no RH

O INSS inicia nesta quinta-feira (6) o pagamento antecipado dos benefícios, atendendo 40,6 milhões de segurados em todo o país. A medida beneficia 15,2 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios, que receberiam entre os dias 10 e 12 de março, mas terão os valores depositados nos dias 6 e 7.

A antecipação, adotada devido ao Carnaval, injetará R$ 59,51 bilhões na economia, segundo o INSS. Os Segurados podem consultar o valor no site ou app Meu INSS.

O calendário segue o final do benefício: quem recebe até um salário-mínimo e tem finais 8 e 9 recebe dia 6, e final 0 no dia 7. Para quem ganha acima do mínimo, finais 3, 4, 8 e 9 recebem dia 6; finais 5 e 0 no dia 7.

PMEs enfrentam alta inadimplência e restrição de crédito

A inadimplência entre pequenas e médias empresas segue em alta em 2025, impactando diretamente a gestão financeira dos negócios. Com juros elevados e crédito restrito, 6,9 milhões de empresas encerraram em 2024 negativadas, segundo a Serasa Experian.

Sem acesso a financiamento, muitas enfrentam dificuldades para manter operações e crescer. Alternativas incluem renegociar prazos, otimizar o fluxo de caixa e buscar crédito alternativo. Para gestores, o momento exige planejamento rigoroso e acompanhamento constante da saúde financeira.

FGTS retido: pagamentos começam nesta quinta-feira

Os trabalhadores demitidos sem justa causa entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025 que aderiram ao saque-aniversário começam a receber o FGTS retido nesta quinta-feira (6). A medida, prevista na MP 1.290, beneficiará 12 milhões de pessoas e liberará R$ 12 bilhões.

Os pagamentos ocorrerão em duas etapas: valores de até R$ 3 mil serão pagos agora, e quantias maiores em junho. Cerca de 10 milhões de trabalhadores receberão automaticamente, enquanto os demais precisarão sacar em agências da Caixa ou lotéricas. O saque-aniversário já movimentou R$ 142 bilhões desde 2020, mas limita o acesso ao saldo integral em caso de demissão.

Nova Lei incentiva inclusão feminina no trabalho

A Lei 14.457/22 fortalece a participação feminina no mercado ao implementar medidas para apoiar a parentalidade, incentivar a qualificação profissional e combater o assédio.

Entre as mudanças, a legislação flexibiliza a jornada de trabalho para mães e pais, amplia o reembolso-creche e cria o selo Emprega + Mulheres para empresas que adotam ações de equidade de gênero. Além disso, reforça a CIPA no combate ao assédio e violência no ambiente corporativo.

O sucesso da lei depende do compromisso das empresas e do RH na implementação das novas diretrizes.

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Saúde mental feminina: a sobrecarga invisível

Nesta semana do Dia Internacional da Mulher, é fundamental discutir a saúde mental feminina, tema que afeta milhões de brasileiras. 7 em cada 10 pessoas diagnosticadas com depressão ou ansiedade no Brasil são mulheres, segundo o relatório Esgotadas, da Think Olga. Além disso, estudos mostram que 40,5% das mulheres desenvolvem depressão e 34,9% sofrem de ansiedade.

A carga mental feminina — responsabilidade invisível que inclui planejamento, tarefas domésticas e cuidado com a família — é um dos principais fatores desse esgotamento. Enquanto os homens dedicam 11 horas semanais ao cuidado de terceiros, as mulheres acumulam 21,4 horas, quase o dobro.

O RH pode atuar diretamente nesse cenário, implementando programas de apoio psicológico, flexibilidade no trabalho e incentivos ao autocuidado. Criar espaços de escuta e facilitar o acesso à terapia são medidas que ajudam a reduzir o impacto da sobrecarga e promovem um ambiente mais saudável para todas.

Um estudo da Sólides revelou que 33% dos candidatos já enfrentaram discriminação em processos seletivos. Entre as mulheres, esse número sobe para 42%. Os principais motivos são idade (44%), classe social (27%) e aparência (26%).

Além disso, falta de transparência salarial e processos confusos afastam candidatos. A tecnologia avança no recrutamento, mas a IA ainda gera resistência em entrevistas.

A pesquisa também destaca a crescente busca por modelos de trabalho flexíveis, como o remoto e híbrido. 63% dos candidatos utilizam sites de emprego, e 50% recorrem às redes sociais para buscar oportunidades. A necessidade de processos seletivos mais equilibrados e humanizados é cada vez maior.

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