Contratar, reter ou recomeçar: os sinais (e dilemas) do novo mercado de trabalho

Quase metade das 48% das empresas brasileiras pretendem contratar no segundo trimestre, segundo pesquisa do ManpowerGroup. O setor de TI lidera as intenções, seguido por comunicação. São Paulo e Rio de Janeiro puxam o crescimento, enquanto o Paraná perde força. Apesar do cenário positivo, a falta de profissionais qualificados, especialmente em tecnologia, ainda freia parte das oportunidades.

O Brasil ocupa a 12ª posição no ranking global de expectativas de contratação. No mundo, 40% das empresas também planejam aumentar suas equipes.

Turismo como estratégia de retenção

Férias corporativas estão ganhando espaço como benefício nas empresas que buscam engajar e reter talentos. Viagens com tudo pago, incluindo passagens, hospedagem e alimentação, já são realidade em companhias como FI Group e o projeto “Não Inviabilize”. A ideia é simples: promover bem-estar, integração e reconhecimento por meio de experiências únicas. A tendência já movimenta startups especializadas e reflete o novo valor dado ao equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.

Demissão voluntária atinge recorde no Brasil

Quase 4 em cada 10 desligamentos no Brasil, em janeiro de 2025, foram por iniciativa do trabalhador, o maior índice da história. Jovens, mulheres e pessoas com ensino superior lideram o movimento. Entre os principais motivos: esgotamento emocional, baixa remuneração e falta de reconhecimento. Setores que exigem trabalho presencial sentem o impacto da fuga. O recado é claro: propósito e bem-estar pesam mais do que estabilidade.

O efeito dominó do novo protecionismo dos EUA

As novas tarifas impostas por Donald Trump, incluindo 10% sobre todas as importações e até 104% para produtos chineses, balançaram o comércio global. Bolsas asiáticas já caíram, e a OMC projeta perda de até 0,8% no crescimento mundial. 

Mesmo fora da mira direta, o Brasil sentirá o baque: insumos mais caros, pressão sobre a indústria local e ajustes urgentes nas cadeias de suprimentos. Para empresários, o momento exige revisão estratégica e olho vivo nas oportunidades que surgem no caos.

Carreiras não lineares

Carreiras não lineares, como exemplificado pela colunista Tatiana Sendin, estão se tornando a norma, refletindo trajetórias flexíveis e adaptáveis. Em vez de seguir um caminho ascendente tradicional, o modelo atual permite mudanças de setores e funções, exigindo habilidades transferíveis, capacidade de adaptação e constante reinvenção.

Essa transformação desafia empresas a repensarem suas práticas de RH, promovendo ambientes mais fluídos, que valorizam a criatividade e a flexibilidade, em vez de hierarquias rígidas. Com a chegada da geração Z e o avanço da tecnologia, esse modelo se intensifica, exigindo uma mentalidade mais aberta ao improviso e à transitoriedade. O futuro das carreiras está em explorar novas oportunidades, sempre em evolução.

Giro pelas notícias!

O RH do futuro não é tendência — é realidade.

No RH Summit 2025, especialistas mostraram como dados, inteligência artificial e empatia estão moldando uma nova era na gestão de pessoas.

Spoiler: quem não se adaptar, vai ficar pra trás.

E você vai encontrar:

• Tecnologia a favor da escuta ativa e da experiência do colaborador.

• Empresas que já aplicam IA no RH e colhem resultados.

• Soluções que cabem no orçamento — mesmo fora das big techs.