IA vira critério, Geração Z impõe novas regras e saúde mental entra na pauta oficial

O Ministério do Trabalho deve adiar por um ano a entrada em vigor da nova NR-1, que inclui os riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). A medida atende ao apelo de empregadores, que alegam falta de tempo para adaptar processos e culturas organizacionais. O foco é o capítulo 1.5, que trata de temas como burnout, assédio moral e estresse crônico. Para compensar o adiamento, o governo vai lançar um guia oficial, um manual técnico e criar um grupo de trabalho tripartite. Sindicatos cobram garantias de que a saúde mental dos trabalhadores continuará sendo prioridade.

Nova regra do jogo: IA ou nada

A Shopify estabeleceu uma nova diretriz: nenhum colaborador será contratado ou promovido sem comprovar domínio em inteligência artificial. Segundo o CEO Tobias Lütke, projetos devem começar com IA e avaliações de desempenho passam a incluir o uso da tecnologia. A exigência vale para todas as áreas, não apenas cargos técnicos. A decisão marca uma mudança na cultura organizacional da empresa, posicionando a IA como parte central da operação. A iniciativa também reflete uma tendência crescente entre líderes de grandes companhias, que veem a inteligência artificial como elemento estratégico e operacional.

Geração Z está mudando o jogo no mercado de trabalho

Nascida entre 1995 e 2010, a Geração Z representa um novo olhar sobre o trabalho: valoriza flexibilidade, tecnologia, propósito e diversidade. Até 2030, devem ocupar cerca de 30% das vagas no mercado. Esses jovens buscam equilíbrio entre vida pessoal e carreira, preferem estruturas horizontais e esperam crescimento rápido. Por outro lado, enfrentam desafios como o imediatismo, a ansiedade e a alta rotatividade. Para atraí-los e retê-los, as empresas precisam repensar sua cultura e adotar práticas mais inclusivas, colaborativas e inovadoras.

Profissões com prazo de validade: o que deve desaparecer até 2030

O avanço da IA e da automação está acelerando o fim de várias carreiras tradicionais. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, 15 profissões devem sofrer forte queda até 2030, entre elas operadores de telemarketing, caixas de banco, assistentes administrativos e designers gráficos. A tendência é clara: funções repetitivas estão sendo substituídas por máquinas e sistemas digitais. Em contrapartida, surgem novas carreiras em tecnologia, saúde e bem-estar. A palavra de ordem é requalificação. O futuro exige novas habilidades e um olhar atento para as transformações em curso.

Alessandro Garcia, colunista do RH Portal, destaca que a inovação aberta não é mais uma tendência, mas uma estratégia essencial para manter as empresas competitivas. Em vez de reinventar a roda internamente, companhias como Natura, LEGO e Cubo Itaú convidam startups, universidades e até concorrentes para desenvolver projetos em conjunto. Essa abordagem reduz custos, acelera o desenvolvimento de produtos e amplia as oportunidades de mercado.

Para começar, é fundamental adotar práticas como hackathons, crowdsourcing e laboratórios de inovação, criando um ecossistema colaborativo. A verdadeira revolução, segundo Garcia, está em mudar a mentalidade corporativa de “eu” para “nós” e transformar a inovação em uma cultura aberta e contínua.

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